Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2009

Apenas três suspeitas... Será?

“O Brasil é um asilo de lunáticos onde os pacientes assumiram o controle”, Paulo Francis. Na tarde de sexta-feira, 20, uma estudante de apenas 19 anos foi internada na UTI da Santa Casa de Adamantina com suspeita de Gripe A (H1N1). Este seria o terceiro caso suspeito na cidade: um homem de 57 anos estava internado, mas seu estado clínico melhorou e uma mulher de 36 anos faleceu na última semana. Duvido que estes sejam os únicos casos suspeitos em Adamantina. A segunda suspeita, só foi noticiada após a primeira morte. Apesar da insistência da imprensa em obter informações e alertar à comunidade – ainda mais – sobre a doença. Mesmo assim, as autoridades locais “lavaram as mãos” e permitiram eventos públicos com grande aglomeração de adolescentes. Não podemos parar de viver, é obvio, no entanto, como dizia minha avó “caldo de galinha e precaução não fazem mal a ninguém”. Enquanto isso, autoridades de Osvaldo Cruz – mesmo equivocadas – divulgaram um ‘pseudo-caso-confirmado’ e alertaram a p

Um crime contra a sociedade.

“A sociedade que aceita qualquer jornalismo não merece jornalismo melhor” (Alberto Dines) A não obrigatoriedade do diploma de jornalista é um retrocesso de 40 anos. Oito débeis, prejudicaram a profissão exercida por 80 mil profissionais e decidiram pela informação sem qualidade. Mas não são os jornalistas os principais prejudicados. A sociedade terá uma imprensa fraca, sem aprofundamento, produzida de acordo com os interesses dos “donos da mídia”. A ética profissional, que já estava sendo deixada em segundo plano com a atuação de precários mal intencionados está fadada ao esquecimento. É um absurdo. O ministro Gilmar Mendes, presidente do STF, foi um boçal ao comparar a profissão de jornalista com a de um cozinheiro. Ele disse não haver necessidade de formação em culinária para fazer uma boa refeição. Isso não ocorreria se ele deixasse suas mordomias de lado e comesse um “churrasquinho de esquina” em São Paulo, mas o entendido ministro continuará frequentando restaurantes franceses, n

Não pago mais ninguém!

“Os assassinos estão livres Nós não estamos... Vamos sair! Mas não temos mais dinheiro Os meus amigos todos Estão, procurando emprego...” (Renato Russo - Teatro Dos Vampiros) Como não sou fã de música sertaneja, na noite de sexta-feira aproveitei para zapear um pouco entre os principais programas jornalísticos da tv brasileira (os que prestam, é claro!) e fiquei estarrecido com o comentário feito por Bóris Casoy no Jornal da Noite da Band sobre a Emenda dos Precatórios. Antes de falar sobre outra ação mesquinha de nossos políticos, pergunto a você leitor: Quando atrasamos uma conta, um tributo, imposto, taxa (e outras denominações utilizadas para roubar nosso dinheiro) temos que pagar juros, não é mesmo? E, se demorarmos muito até corremos o risco de termos nosso nome inserido nos cadastros do SPC. Pois bem, no Brasil, o governo paga o que quer, quando quer... isso quando paga. Agora estão tentando legalizar o calote! Na última semana, o Senado aprovou – em mais uma das votações-relâ

O clima esquentou...

“Democracia quer simplesmente dizer o desencanto do povo, pelo povo, para o povo” (Oscar Wilde) Estava frio, mas a noite de quarta-feira esquentou. Incoerência? Não. Até parecia mais uma noite qualquer, mas a quarta-feira foi peculiarmente diferente. Tudo bem que a participação popular em mais uma Audiência Pública foi abaixo do esperado – ou dentro do esperado para os abelhudos – mas a Audiência Pública sobre o Plano de Saneamento Básico de Adamantina fez do anfiteatro da Biblioteca o lugar mais “quente” da cidade. Muito debate, discussão, críticas, ironias... Sobraram alfinetadas para todos os lados. “Não acredito nesse circo aí”, bradou um cidadão. Outro até questionou a falta de números, valores, custos: “Então, se eu quiser posso apresentar o plano de construção de uma nave espacial?”. E tudo isso foi bom. Sim, venceu a democracia! Pela primeira vez em muito tempo, uma reunião popular foi tão produtiva. Com participação efetiva e muitos questionamentos. Pelo menos depois desta op

Ele também está se lixando...

“A política é uma delicada teia de aranha em que lutam inúmeras moscas mutiladas” (Alfred de Musset) “Escola sim, presídio não”, “Salário é solução, bônus enganação”, essas foram algumas das frases “disparadas” por manifestantes durante discurso do governador José Serra em Presidente Prudente, na última sexta-feira. Poderia ser até prelúdio de que a população está mais consciente de seus direitos, mas não é! Esta foi apenas mais uma mainifestação realizada por professores, classe unida e sábia. Eles sim sabem cobrar e reconhecem a falta de responsabilidade dos políticos... Craque em despistar a opinião pública e mudar de assunto, Serra até tentou e disse que é a primeira vez que vê pessoas não gostarem de hospitais ou não se preocuparem com a saúde. O governador e candidato à presidência, assim como Sérgio Moraes (PTB-RS), aquele mesmo que estava se lixando para a opinião pública, o bicudo disse não se importar para o quê os manifestantes estavam gritando. Serra ainda acredita que a p

Jornalismo exige ética e cuidado

"A ética deve acompanhar sempre o jornalismo, como o zumbido acompanha o besouro". ( Gabriel Garcia Márquez , escritor, na revista Caros Amigos). Estava lendo um jornal de Adamantina dias atrás e fiquei preocupado com o direcionamento dado a uma matéria. O “provável responsável” por um acidente automobilístico havia sido identificado e tratado como sendo um assassino. “Mas tudo indica que ele foi o culpado”, diriam os mais desatentos. Mas a situação é extremamente delicada e merece maior responsabilidade em sua divulgação. Alguns fatos enfrentados durante minha atuação jornalística e até mesmo pessoal vieram à tona. Primeiro que a própria definição de acidente é isenta de autoria ou existe alguém, exceto homicida, que quer bater um carro? O motorista “acusado” não estava bêbado e estava com cinto. Sua postura estava correta. Não havia motivo para ser execrado pelo autor da matéria, que aliás não é jornalista... Além disso, há um detalhe muito importante a ser observado. Todo

Desordem e falta da ação!

“A desordem é sinal de ausência de autoridade” (S. Atanásio, Contra os Pagãos - Textos Cristãos) “Tolerar a desordem é conseqüência de uma educação falha” (Pensamento rabínico - Textos Judaicos) É um absurdo a falta de respeito para com os cidadãos que pagam seus impostos e não têm sequer tranquilidade. Não há como negar a melhora de muitos indicadores, no entanto, falhas constantes continuam – apesar dos diversos alertas – e a falta de coragem de uns prejudica aos demais. Na última sexta-feira (17.04), uma cobra coral – essa sim verdadeira – foi encontrada dentro de uma residência. Este incidente, assim como outros, poderia ser evitado, mas a falta de ação promove desordem e indignação. Em fevereiro de 2008 a especulação imobiliária motivou-me a elaborar matéria jornalística, alertando as autoridades sobre o desrespeito aos cidadãos e a falta de planejamento das autoridades para coibir abusos. Nada foi feito! Terrenos continuam sendo utilizados como plantação disso e daquilo à espe

Todos estão loucos!

“Em política, o que começa com o medo acaba, geralmente, com a loucura” (Samuel Taylor Coleridge) Ao tentar explicar a relação entre a loucura e autoritariedade da ação política – ou a falta dela – o poeta, crítico e ensaista inglês Samuel Taylor Coleridge revela importante questionamento: O medo de agir/solucionar assuntos delicados devem ser superados? A crise econômica é um exemplo deste dilema. O conceituado Fundo Monetário Internacional (FMI), respeitado internacionalmente por gerir a política financeira dos países em desenvolvimento, ditou regras, estabeleceu prazos, cobrou ação dos emergentes, em contrapartida, foi negligente quanto aos “poderosos”. A gestão de crises foi uma das marcas deste órgão internacional. O mercado financeiro balançou na crise dos Tigres Asiáticos (1997) e da Rússia (1998), na crise do Japão (2003) e no fim da bolha das empresas .com nos EUA (2002). Mas nada comparado à grande recessão iniciada em Wall Street entre 1929-1932 e a crise atual. Omissão. Ess

Entrevista

Fui convidado a conceder uma entrevista ao Whohub. O site é um diretório de entrevistas a profissionais da comunicação, as artes, a tecnologia, o marketing, e em geral qualquer atividade com um componente criativo. Confira: http://www.whohub.com/tom O objetivo do Whohub é desenvolver uma rede social entre pessoas de profissões criativas, baseada em sua capacidade de auto-expressão e colaboração.

Diferenças...

Ventava frio, estava tarde, mas nada impediu o encontro de dois amigos em um ´buteco´ de esquina em uma noite qualquer. João e Emanuel não se encontravam em decorrência dos estudos de Emanuel. Filho de família tradicional, fora estudar em uma cidade maior, onde fez cursinho para ingressar em uma faculdade, enquanto o humilde João – um pouco mais novo – sempre estudou em escola pública, mas dedicou-se aos estudos como única forma de escapar da violência que o cercava. Passava das 2 da manhã e duas caixas de cerveja já haviam se esgotado, mas, nem mesmo o cheiro desagradável provocado por uma indústria tirou o animo da amigável conversa: - Me conta Emanuel, quais seus planos? Pretende ingressar em uma faculdade? - Sim João. Vou fazer qualquer curso, por aqui mesmo. Surpreso com a resposta do amigo rico, João disparou: - Mas você sempre teve oportunidades. Fez cursinho. Não vai para universidade pública? Eu vou! - Não. Isso é besteira. Vou ficar por aqui mesmo. Outro dia deixei cair minha

Liberdade de expressão X censura

O conceito de liberdade de expressão, previsto constitucionalmente é distorcido pelos “donos do poder” constantemente, principalmente nos últimos anos. O direito, resguardado pela Carta Magna, está sendo utilizado – por muitos – como arma maligna e deixado de lado por tantos outros. No interior, longe dos holofotes, os trabalhadores são praticamente obrigados a conviverem com o não profissionalismo e, quando buscam o diferente, são perseguidos, excluídos e até mesmo chamados subjetivamente, é claro, de “anti-milicianos”. Mas não podemos esquecer: vivemos em uma sociedade democrática e todos posicionamentos devem ser respeitados, mesmo que não aceitos! A sociedade não pode permitir que seus direitos sejam camuflados e submetidos ao crivo dos poderosos. O “coronelismo” existe aqui e acolá, todavia, a democracia proporciona possibilidades irrestritas... basta participar, discutir, colaborar e denunciar. Sim! Estas atitudes fazem parte do cotidiano de um cidadão consciente. Muitos cidadãos

O provável improvável

“Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato” (Mario Prata) Contradição? Incoerência? Não! O improvável, em Adamantina, pode ser provável. Ainda em 2008, uma ríspida discussão sobre a abertura do comércio aos domingos foi instaurada após manifestação de empresários. Muitos foram contra. Utilizaram de seus “poderes” e propagaram ideias – naquela época com acentuação – que a medida prejudicaria os pequenos empresários. Das tribunas, incitaram a opinião pública e impediram a regulamentação que permitiria o direito de abertura. Mas, onde estavam as vozes do povo quando uma grande rede funcionou – solitária – aos domingos? Improvável, mais uma vez, provável. A empresa beneficiada conseguiu autorização deste e daquele, contou com a cegueira de outros e reinou absoluta em prejuízo aos empresários locais. Outro caso intrigante está relacionado a uma grande festa. Um evento com ótima finalidade, mas encoberto por colunas de ferro pintadas de “má intenção”. O