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Desordem e falta da ação!

“A desordem é sinal de ausência de autoridade” (S. Atanásio, Contra os Pagãos - Textos Cristãos)
“Tolerar a desordem é conseqüência de uma educação falha” (Pensamento rabínico - Textos Judaicos)

É um absurdo a falta de respeito para com os cidadãos que pagam seus impostos e não têm sequer tranquilidade. Não há como negar a melhora de muitos indicadores, no entanto, falhas constantes continuam – apesar dos diversos alertas – e a falta de coragem de uns prejudica aos demais.


Na última sexta-feira (17.04), uma cobra coral – essa sim verdadeira – foi encontrada dentro de uma residência. Este incidente, assim como outros, poderia ser evitado, mas a falta de ação promove desordem e indignação.


Em fevereiro de 2008 a especulação imobiliária motivou-me a elaborar matéria jornalística, alertando as autoridades sobre o desrespeito aos cidadãos e a falta de planejamento das autoridades para coibir abusos. Nada foi feito!


Terrenos continuam sendo utilizados como plantação disso e daquilo à espera de ofertas vantajosas para os especuladores e em prejuízo daqueles que, realmente, investiram e acreditaram em Adamantina, construindo suas residências.


A especulação imobiliária - processo crescente e ainda sem solução em Adamantina – não atinge somente os bairros, mas também é presente na região central da cidade. A alta procura para locação de imóveis têm proporcionado o aparecimento de novos loteamentos e condomínios, em alguns casos construídos de forma ilegal e não-planejada.


Em alguns bairros recentemente criados, um só cidadão possui mais de três terrenos, até hoje desocupados. Alguns destes terrenos são utilizados para o plantio de milho, feijão e outras culturas.


Os terrenos já obtiveram 100% de valorização em algumas situações, porém, os investimentos não acompanharam o mesmo índice e os moradores que já construíram ou iniciaram as obras se sentem lesados.


Existe até lei municipal prevendo a limpeza dos terrenos, mas sua execução é lenta e ineficiente. Falta de fiscalização, de ação ou coragem?


Mas não basta limpar. Há necessidade de uma política planejada de ocupação urbana, com ferramentas punitivas para os especuladores, como a aplicação do IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano) de maneira gradual, com aumentos programados para os terrenos desocupados por um determinado período.


Regras foram estabelecidas para frear a aprovação indiscriminada de novos loteamentos. Parabéns aos legisladores. Mas, a especulação continua...


Everton Santos é publicitário e jornalista diplomado.

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