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Mostrando postagens de janeiro, 2017

Iguais nas diferenças

“A democracia surgiu quando, devido ao fato de que todos são iguais em certo  sentido,  acreditou-se que todos fossem absolutamente iguais entre si”, Aristóteles     O discurso de ódio nas redes sociais tem crescido exponencialmente nos últimos anos. As eleições de 2014 impulsionaram uma onda de postagens agressivas nas redes sociais, situação que persiste até hoje e também é observada em outros países. A grande maioria dos discursos procura dividir grupos em direita e esquerda, norte/nordeste e sul/sudeste, ricos e pobres, alfabetizados e analfabetos. Mas existe uma separação tão clara? A simples definição de posicionamentos políticos, levando-se em conta apenas siglas, sem entender a complexidade e heterogeneidade da sociedade promoverá erros de avaliação repletos de clichês e preconceito. Para compreender este assunto é preciso observar como os termos ‘à direita’ e ‘à esquerda’ foram criados. Durante assembleias realizadas na primeira fase da Revolução Francesa,

Janelas quebradas

“A hora certa de consertar o telhado é quando faz sol”, John F. Kennedy Um experimento de Psicologia Social coordenado pelo professor Philip Zimbardo, em 1969, na Universidade de Stanford (USA), apresentou resultados alarmantes. Apesar de passadas quase cinco décadas, o estudo é muito atual. Com objetivo de avaliar a conduta das pessoas, o pesquisador deixou dois carros abandonados na rua. Um no conhecido bairro do Bronx, uma zona pobre de Nova York, e o outro em Palo Alto, bairro rico e tranquilo da Califórnia. Os veículos eram idênticos, mas tinham apenas uma única diferença: uma janela quebrada. Em poucas horas, no Bronx, o carro começou a ser vandalizado. O veículo com a janela danificada teve suas rodas, motor, espelhos, rádios e outros itens roubados, além do restante ter sido destruído. O outro carro permaneceu intacto. A conclusão mais óbvia seria relacionar a destruição ao bairro pobre e com altas taxas de criminalidade, mas Zimbardo continuou o experiment

Risco de rebeliões coloca presídios da região em alerta

Obras da nova unidade penitenciária em construção na cidade de Pacaembu (Foto: blogdosagentes.blogspot.com.br) Sete das 13 unidades localizadas na Nova Alta Paulista abrigam  mais  que o dobro de presos em relação à capacidade projetada. Na foto, nova unidade em construção na cidade de Pacaembu A sangrenta rebelião registrada no início de 2017 no maior presídio do Amazonas e, mais recentemente, a fuga em massa na unidade semiaberta de Bauru colocou todo o sistema penitenciário em alerta. A falta de segurança e a superlotação das unidades, além da presença de facções criminosas foram fatores determinantes para o incidente - um dos mais sangrentos desde o massacre do Carandiru. O risco de rebeliões, no entanto, não está restrito aos estados do Norte e Nordeste. Na região da Coordenadoria Regional Oeste (Croeste) da Secretaria de Administração Penitenciária, as 38 unidades prisionais estão em estado de alerta. A Croeste coordena unidades prisionais nas regiões de Presidente