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2020... 366 dias... que ano!

O que falar deste período de tempo de 365 e/ou 366 dias (sim, pois 2020 foi bissexto!), que classificamos de ano? De início fui surpreendido com um convite, uma missão. Talvez não estivesse preparado, não fosse meu momento, mas dei meu sim e confiei. Não posso negar que o desafio é grande, mas as "pedras" no caminho só mostram que somos pequenos, falhos, humanos e necessitamos de Deus. Logo depois, outro convite. Outra missão... E vem a pandemia. Kairós... O nosso tempo não é o mesmo de Deus!  Enquanto um servir é interrompido, as formações para o outro são paralisadas. O que essa situação quer nos dizer? A correria do dia-a-dia passa a dar espaço para ruas vazias, relações sem tantos abraços. As relações humanas passam a ter outro sentido, aquilo - um beijo, um abraço - que era antes deixado de lado, passa a ser valorizado.  Muitos perdem o emprego, outros têm o contrato de trabalho suspenso. Home office passa a ser comum para muitos, se bem que já pratico há mais de 3 anos,
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Sacramentais e seu significado sagrado

“Quase não há uso honesto de coisas materiais que não possa ser dirigido à finalidade de santificar o homem e louvar a Deus” (SC, 61). Brilhantes ou discretos, grandes ou delicados, coloridos ou monocromáticos, o uso dos sacramentais é cada vez mais comum em nossas comunidades, seja entre os jovens ou os mais experientes. Os formatos são diversos para atenderem a diferentes gostos, mas o seu uso tem a mesma finalidade para todos ou, pelo menos, deveria ser. Mesmo fazendo parte da história da Igreja desde os primórdios do cristianismo, o uso dos sacramentais tem sido realizado, ao longo dos tempos, de modo inadequado por alguns católicos, que desconhecem seu significado e importância litúrgica e devocional popular. Ao utilizarem sem conhecer o real significado desta prática devocional, os cristãos acabam utilizando-os apenas por moda ou como uma espécie de “superstição”, corrompendo seu propósito, como nos mostra o Sacrossantum Concilium. A palavra Sacramental signif

Populismo ou justiça?

“A primeira igualdade é a justiça”, Victor Hugo A intervenção do Estado é algo comum em todas as partes, em alguns casos de maneira mais efetiva e em outros com mais discrição, no entanto, a implantação de ações afirmativas é uma realidade no atual contexto histórico. A luta contra a pobreza tem se notabilizado após iniciativas governamentais receberem respaldo de órgãos internacionais, como a ONU – Organização das Nações Unidas. Políticas públicas de distribuição de renda são exaltadas por sua importância na redução do número de famílias em situação de risco. Apesar de serem consideradas, por muitos, como sendo populistas, tais medidas colaboraram para a redução dos níveis de pobreza extrema e alçaram milhares de famílias à condição de estabilidade econômica. Esse premiado modelo é aplicado por outros países e tem variações com implantação sendo estudadas por outras nações. Pode-se afirmar que, no caso do Brasil, faltam filtros e ferramentas de controle para evitar desvio

Iguais nas diferenças

“A democracia surgiu quando, devido ao fato de que todos são iguais em certo  sentido,  acreditou-se que todos fossem absolutamente iguais entre si”, Aristóteles     O discurso de ódio nas redes sociais tem crescido exponencialmente nos últimos anos. As eleições de 2014 impulsionaram uma onda de postagens agressivas nas redes sociais, situação que persiste até hoje e também é observada em outros países. A grande maioria dos discursos procura dividir grupos em direita e esquerda, norte/nordeste e sul/sudeste, ricos e pobres, alfabetizados e analfabetos. Mas existe uma separação tão clara? A simples definição de posicionamentos políticos, levando-se em conta apenas siglas, sem entender a complexidade e heterogeneidade da sociedade promoverá erros de avaliação repletos de clichês e preconceito. Para compreender este assunto é preciso observar como os termos ‘à direita’ e ‘à esquerda’ foram criados. Durante assembleias realizadas na primeira fase da Revolução Francesa,

Janelas quebradas

“A hora certa de consertar o telhado é quando faz sol”, John F. Kennedy Um experimento de Psicologia Social coordenado pelo professor Philip Zimbardo, em 1969, na Universidade de Stanford (USA), apresentou resultados alarmantes. Apesar de passadas quase cinco décadas, o estudo é muito atual. Com objetivo de avaliar a conduta das pessoas, o pesquisador deixou dois carros abandonados na rua. Um no conhecido bairro do Bronx, uma zona pobre de Nova York, e o outro em Palo Alto, bairro rico e tranquilo da Califórnia. Os veículos eram idênticos, mas tinham apenas uma única diferença: uma janela quebrada. Em poucas horas, no Bronx, o carro começou a ser vandalizado. O veículo com a janela danificada teve suas rodas, motor, espelhos, rádios e outros itens roubados, além do restante ter sido destruído. O outro carro permaneceu intacto. A conclusão mais óbvia seria relacionar a destruição ao bairro pobre e com altas taxas de criminalidade, mas Zimbardo continuou o experiment

Risco de rebeliões coloca presídios da região em alerta

Obras da nova unidade penitenciária em construção na cidade de Pacaembu (Foto: blogdosagentes.blogspot.com.br) Sete das 13 unidades localizadas na Nova Alta Paulista abrigam  mais  que o dobro de presos em relação à capacidade projetada. Na foto, nova unidade em construção na cidade de Pacaembu A sangrenta rebelião registrada no início de 2017 no maior presídio do Amazonas e, mais recentemente, a fuga em massa na unidade semiaberta de Bauru colocou todo o sistema penitenciário em alerta. A falta de segurança e a superlotação das unidades, além da presença de facções criminosas foram fatores determinantes para o incidente - um dos mais sangrentos desde o massacre do Carandiru. O risco de rebeliões, no entanto, não está restrito aos estados do Norte e Nordeste. Na região da Coordenadoria Regional Oeste (Croeste) da Secretaria de Administração Penitenciária, as 38 unidades prisionais estão em estado de alerta. A Croeste coordena unidades prisionais nas regiões de Presidente

Sempre existe uma saída!

"Nada é mais certo neste mundo do que a morte e os impostos", Benjamim Franklin. O brasileiro está cansado de pagar tantos impostos, fato. Em contrapartida, o poder público (municipal, estadual e federal) inchado e, muitas vezes, 'loteado' pelos partidos políticos, está atolado em dívidas e com receitas escassas. É neste contexto que os interesses da classe política se distanciam ainda mais dos anseios da população/eleitor. Cortar gastos, gerenciar os parcos recursos com criatividade, raras vezes é a opção dos nossos representantes. A saída para este impasse, no entanto, não necessariamente passa por novas medidas tributárias, como o tão utilizado aumento do IPTU, mas sim cumprir e respeitar a legislação. Em muitos municípios as obrigações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal obrigaram os gestores a fechar lacunas que promoviam as chamadas renúncias de receitas. Em muitos casos essas ações representaram programas de incentivo ao pagamento de trib