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5 milhões!

“A honestidade pode ser a melhor política, mas é importante lembrar que
aparentemente, por eliminação, a desonestidade é a segunda
melhor política”, George Carlin ator e autor norte-americano.


Certa vez, um velho sábio insistia em afirmar: existem 5 milhões de maneiras de ajudar ao próximo, mas uma decisão errada pode prejudicar muitas pessoas. Não acreditava naquilo, mas respeitava a experiência deste ancião.

De toda forma, pensei 5 milhões de vezes antes de escrever este texto. O problema é que nenhuma delas foram suficientes para calar minha indignação com o atual cenário político adamantinense.

Tudo, ou quase tudo, que repudiávamos no passado está acontecendo novamente, talvez com outras motivações, ou não; talvez com outros objetivos, ou não; talvez com inocência, ou não.

O problema é que muito daquilo que os atuais “detentores do poder” combatiam repete-se no cotidiano. A falta de dialogo, a arbitrariedade e ate mesmo perseguições, camufladas sob disfarce “amigo”, mas tão amarga quanto as do passado.

O mais inocente pode ate dizer que “não havia alternativa”, mas sempre existem alternativas. Em qualquer situação temos o sim e o não. Quiçá até mesmo o talvez. No entanto, o caminho mais fácil, mesmo sendo o de maior aceitação, nem sempre é o melhor.

Decidir é fácil. Consultar, não. Tomar uma decisão é fácil. Assumir as consequências, não.

Não adianta jogar a culpa no sistema, no outro, na maioria. Não seria mais honesto e ético debater, fiscalizar, cobrar? As funções estabelecidas pela lei embasam a atuação digna de um sistema democrático. Algo aquém disto torna o sistema frágil, falível.

Os nossos representantes não podem ser representantes do “quinto” ou do “décimo”. São nossos representantes e jamais deveriam virar as costas aos nossos interesses, como outrora fizeram. Lutar pelos anseios de uma comunidade é obrigação. Poderiam, ao menos, ouvir. Mas nem a isso se deram o trabalho.

Estou indignado com a postura adotada. Escolheram outras 5 milhões de possibilidades erradas. Não buscaram alternativas e escolheram aquelas debaixo de seus 'focinhos'. Optaram pelo mais fácil e, se existir Justiça, pagarão por isso.

Não seremos nós a julgá-los. Mas serão julgados. Talvez depois desta passagem. Quem sabe em outra vida ou outro plano. Passarão por um amplo e justo julgamento, realizado com ética e ouvindo todas as partes, proporcionando direito a ampla defesa... E todas as possibilidade a nos negadas.

Alem deste julgamento, espero uma postura exemplar de todos nos. Afinal, somos responsáveis por esta representação pífia.


Everton Santos
Jornalista Diplomado
MTb Nº. 34.016/SP

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