“O diploma não fere o livre exercício de expressão.
Assim
como a exigência de CNH não impede o direito de ir e vir”.
Depois de muito tempo, discussão e
julgamentos errôneos um dos temais contemporâneos mais polêmicos volta à tona:
a obrigatoriedade ou não do diploma para jornalistas. Nesta semana o Senado
aprovou uma proposta de emenda à constituição exigindo o diploma, decisão
contaria à adotada pelo STF.
Realmente o tema é polêmico e merece a
atenção da sociedade. O julgamento do STF demonstrou a falta de conhecimento da
“Alta Corte” em assuntos técnicos/específicos. Os argumentos utilizados foram
falhos e o prejuízo grande.
Diploma, por si só, não transforma um
cidadão em jornalista, entretanto, o ensino das técnicas e diretrizes éticas
são fundamentais. A ética profissional, que já estava sendo deixada em segundo
plano com a atuação de precários estava fadada ao esquecimento. Agora há sinal
de esperança.
Os jornalistas merecem respeito. Não há
como exigir um bom jornalismo com a atuação de qualquer um, vindo de qualquer
lugar, com qualquer formação atuam com salários baixos e carga horária
inacreditável, sob pressão de muitos - inclusive de empresários interessados na
estratégia política e capitalista. As redações devem ser valorizadas e
fiscalizadas para impedir violações aos direitos da sociedade, principalmente o
de receber informação de qualidade.
A não obrigatoriedade do diploma de
jornalista é um retrocesso de 40 anos, que prejudica a profissão exercida por
80 mil profissionais. O diploma não fere o livre exercício de expressão. Assim
como a exigência de CNH não impede o direito de ir e vir.
Caso essa decisão seja sancionada, a
sociedade será beneficiada com jornalistas preparados e com uma imprensa
fortalecida. Ademais, os jornalistas deixarão
de citar o “profissional diplomado”, que mais parece desculpa de
"curinthianu" com aquele blá blá blá de “campeão oficial Fifa”, mesmo
sem participar da Libertadores...
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