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Quantas promessas!

“A participação cidadã não pode ser cerceada e jamais tipificada de oposição, mas sim como um meio de assegurar transparência e probidade de atos administrativos, sendo o cidadão parte fundamental deste processo e maior interessado na lisura da coisa pública”


Dias atrás, navegando pelas redes da conectividade busquei um artigo de um amigo que tratava da omissão da mídia regional acerca de determinados temas. Fitei meus olhos naquelas magnéticas palavras e senti novamente uma imensa insatisfação.

O texto estava perfeito, mas era apenas uma expressão ideológica. A realidade. Bem, a realidade continua fria, dilacerante, sombria...


Desta feita, resolvi após um breve período no “escurão”, trazer em poucas linhas e também nas entrelinhas minha opinião sobre alguns causos do velho oeste.


Deixando o pessimismo de lado, assim como no caso de Dilma, fiquei empolgado com o pronunciamento do novo diretor geral da FAI. Entretanto, discursos e promessas não podem ser comemorados após a última pá de cal e sequer ao descerrar das plaquinhas. E já que agora posso me expressar, sem receber advertências por exercer um direito, acredito que a expectativa é positiva, mas o horizonte permanece cinzento.


O atual contexto não é melhor pela falta de autoridade. A instituição já cumpre seu papel de oferecer ensino com certa qualidade a preços acessíveis. Não há necessidade de tantas bolsas. Atualmente muitos se sujeitam a receber salários inferiores ao mínimo, mesmo que exigidos por lei, só para ter a oportunidade de oferecer educação para o filho.


Mas como, se o salário mínimo é garantido por lei? Veja caro leitor, para efeitos legais, alguns servidores têm seus direitos incorporados aos salários para atingir o valor exigido. Ele perde um direito trabalhista, garantido pela lei, para que a instituição consiga atingir outra garantia legal. Quem perde? Só o trabalhador, mas lembre-se: essa é a realidade.


É inadimissível também saber que um profissional que recebe mais de R$ 3 mil tem o mesmo percentual de bolsa de um que ganha menos de R$ 450 (sem contar os benefícios, é claro!)...


Os critérios estão equivocados e a igualdade entre funcionários da autarquia e da prefeitura só vale quando é conveniente. No caso das reposições salariais, por exemplo, sempre uns perdem em detrimento de outros.

Existem alternativas, mas é muito mais fácil só aprovar o que está acima da mesa. Estudar, discutir, produzir, se indispor... estas são situações que ocorrem apenas no plano ideal e fantasioso.

Mudando um pouco o foco, vamos a outro tema que adoro. Quando foram realizadas as audiências públicas, leia-se quase sempre sem público, sobre o novo contrato com aquela empresa ‘cristalina’ mesmo? Promessas... promessas...

Enquanto isso o cheiro de podridão avança sobre os lares. Até hoje não se sabe a procedência de tal odor. Uma empresa acusa a outra, que acusa outra e a população continua sofrendo com a falta de pulso e de coragem. Os técnicos só podem ser desprovidos do sentido olfativo e também de sentimentos... os políticos, de valor... os ambientalistas, de líderes... a população, de imprensa livre...


Ainda bem que prometeram um grande plantio de árvores.


Quanta promessa! Quanta promessa!


Everton Santos é publicitário e jornalista diplomado (MTb Nº. 34.016/SP)

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